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"Projeção para o ramo imobiliário é desfavorável para 2023."

Postada em 23/01/2023 às 03:13:16
"Projeção para o ramo imobiliário é desfavorável para 2023."
Bairro do Leblon, na Zona Sul do Rio /Reprodução: Internet

O mercado imobiliário enfrenta previsões menos positivas para 2023 devido à desaceleração econômica prevista antes das eleições presidenciais. O sócio e cofundador da rede imobiliária HomeHub, Fred Judice Araújo, afirma que as sinalizações previstas pelo governo eram fornecidas para criar um ambiente de instabilidade em vários níveis. O recuo do Produto Interno Bruto (PIB), de 3% em 2022 para menos de 1% em 2023, já era algo previsto por especialistas do mercado imobiliário.

No entanto, o aumento no teto de gastos do governo com o PEC da transição, além do loteamento político de cargos públicos e a composição da atual equipe econômica geraram uma grande apreensão nos empresários do setor e do mercado financeiro. O aumento de gastos do governo com a PEC da transição tendo sido aprovado com mais de R$145 bilhões de reais, o possível retorno de indicações políticas para as estatais e as escolhas dos nomes para a equipe econômica têm deteriorado as expectativas de muitos empresários e do mercado financeiro em relação a 2023.

Um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE-FGV) detectou uma queda no índice de confiança do empresariado, inclusive dos setores de construção civil e de serviços, do qual o setor imobiliário é parte integrante. Segundo a sondagem, os últimos três meses registram quedas seguidas de confiabilidade. De acordo com a avaliação do IBRE-FGV, os movimentos atuais da administração petista tendem a ter um aumento na margem, levando o Banco Central (BC) a manter os juros elevados por mais tempo. Tal cenário inevitavelmente impactará de forma negativa o mercado imobiliário.

Apesar da conjuntura, especialistas destacam que algumas providências poderiam amortizar os possíveis efeitos negativos e produzir um reaquecimento do mercado imobiliário. Entre elas estão a apreciação dos fundos imobiliários, medida que poderia atrair investidores para o mercado imobiliário; a redução ou isenção do imposto de renda sobre aluguel; e incentivos governamentais nos programas de habitação popular. No que diz respeito às diretrizes do governo, parece que nada disso acontecerá e enquanto isso essa nuvem negra paira sobre o empresariado, mantendo o aquecimento do mercado em fogo baixo. Por hora não há muito o que se fazer a não ser esperar e torcer para que essa nuvem se dissipe o mais rápido possível.

 

Fonte: Diário do Rio

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